quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Dilma – está na hora de pedir desculpas?!


É lugar comum, senso comum, no Brasil, que política partidária e corrupção andam de mãos dadas e não é de hoje. Ditadura e Democracia no Brasil, mas, não apenas por aqui, sofrem do mesmo mau. A corrosão dos direitos humanos, sociais, civis e políticos pela fraude sistemática do direito a representação em nome do lucro de algumas poucas dezenas de famílias.
Todavia, a Ditadura, por seu caráter anti-liberdade de expressão, conseguia se proteger das mazelas que o poder efetivava em nome do lucro e não apenas deste. Já a Democracia, amante que deve ser da mesma liberdade, e não apenas desta, possibilita-nos ver e ouvir cotidianamente o que no Brasil parece ter se tornado rotina no poder.
E, neste ponto, de rotinização da corrupção de alto a baixo assistimos o País chafurdar na lama do descrédito eleitoral como meio eficiente e eficaz de fazer um País melhor. Neste ponto, os casos meritórios devem ser lembrados e Luciana Genro avisou que seria assim – aumentos e crises –  com este ou aquele ou outro partido. Mas era esquerda demais para a nova ou a antiga classe mediana.

De santo e puro neste ponto parece nada restar e coloca-se na vala-comum o que deveria nos guindar à ação por mais democracia. E, aqui, Cristovam Buarque emerge com uma análise impar – se no impeachment de Collor os políticos foram recebidos nos braços do povo, hoje, quase todos os políticos seriam vaiados em praça pública.
O impeachment proposto para Dilma seve apenas para manter o clima antidemocrático de terceiro turno, o clima de torcida de futebol para o que deveria ser participação política. Travestido o cidadão de torcedor “roxo” resta  parte das ignorâncias que se vê propalar pelo empoderamento do faceboocke lancem de ódio de classe e de racismo.
Triste carnaval que teremos onde em meio a festa de Momo alguns propõem manifestação pró-impeachment. Tudo se soma para um desastre. Pior ainda, ver uma presidenta que perdeu a hora de pedir desculpas á nação em cadeia nacional e dizer que apesar de tudo o Partido dos Trabalhadores não se transformou no Partido dos Traidores e que a labuta contra a corrupção será diuturna no governo e no partido que precisa de fato e de direito expurgar os condenados e afastar os em investigação com provas cabais.
Menos que isto, a vitória será do projeto de FFHH que tão logo perdeu a eleição para Lula disse aos do PSDB que precisavam tomar das mãos do PT a bandeira da ética para retornar ao poder.
Telhado de vidro enquanto governo. Pedra enquanto oposição. O Brasil quer mais, merece mais que isto. E para iniciar, além de novas medidas contra corrupção política e contra o corruptor privado, desculpas seriam bem-vindas. Afinal, dizer que nada sabia não é mais possível?!