domingo, 20 de maio de 2018

“Mito do bom ladrão” e a política


“Mito do bom ladrão” e a política

O “mito do bom ladrão” é uma antiga tradição e agrada aos da direita e da esquerda, os vermelhos e os azuis, de longa data. Esta tradição  tem entre os seus diletos  membros São Dimas – aquele que morreu  crucificado ao lado de Jesus Cristo , segundo o Evangelho de São Lucas, e se arrependeu nos últimos instantes de sua vida no ano 30 -33 d. C., no Calvário em Jerusalém. Dimas significa o que nasceu no por do sol. No último momento.
De lá para cá o “mito do bom ladrão” teve diversas interpretações, entre as quais pode-se destacar a de Robin Hood, século XII ou XIII, também conhecido em Portugal por Robin dos Bosques, sobre o qual não há confirmação da existência, mas é, na Inglaterra, um dos maiores heróis havendo um festival que o celebra. Seria contemporâneo das Cruzadas e do Rei Ricardo, Coração de Leão. Era um dentre os muitos habitantes do Bosque de Sherwood. Há diferentes versões, mas o ponto central é que roubava dos nobres para doar aos pobres.
Em hipótese, pode-se falar ao menos de dois “bons ladrões” no Brasil: Paulo Maluf que tende a gradar a direita e os azuis, de um lado, e de outro Lula da Silva, que alarga-se no lado vermelho ou da esquerda.

Maluf se tornou tão celebre que ganhou expressão própria no malufismo. Neste as suas virtudes destacava o “rouba, mas faz”, uma crítica às avessas de políticos outros que roubavam e nada faziam. Para além disto, e por isto mesmo, privilegiava os mais ricos em plena Ditadura Militar.
Lula, por seu turno, tornou-se uma ideia por, mesmo que roubando, o que ainda não foi devidamente comprovado, salvo as interpretações jurídicas que o condenaram, distribuiu renda ao povo por meio de políticas públicas de seu governo que tiveram continuidade no governo Dilma.
Assim, o povo compara os “bons ladrões” de nossa política para escolher em quem votar. Fica a cor vermelha ou azul no limiar de quem o “bom ladrão” privilegiará na distribuição dos recursos do Estado, e com isto, apesar da negativa de muito,s nos tornamos o País da propina desde que bem intencionada e para o lado certo: o que o “eu” julgador está.
Tanto faz se ladrão ou não, na prática se votará em quem colaborar com a linha de pensamento azul ou vermelha. O verde e amarelo pertence aos dois.