sábado, 22 de setembro de 2018

Outubro histórico de 2018 ou a democracia na berlinda


Outubro tem tudo para ser, novamente, um mês histórico para o Brasil. Com o fim da Ditadura Militar (1964-1985) se iniciou a Nova República. No dia 5 de outubro de 1988 a promulgação da Constituição Cidadã que fora aprovada em 22 de setembro de 1988 pela Assembleia Nacional Constituinte, confirmou as regras a seguirem seguidas pela nação. No ano que a Constituição Cidadã completará 30 anos teremos no dia 7 de outubro de 2018, o primeiro turno, e, se houver, o segundo turno se realizará no dia 28 do mesmo mês.
Esta eleição é impar na Nova República por ter caráter extraoficial de um plebiscito. Onde se escolherá entre um presidente de tendência autoritária capitalista e os demais candidatos. Hoje o candidato, denominado por muitos de fascista, está em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais. E, pode, a depender da realidade, ser eleito no primeiro turno.
Isto fez com que o sociólogo falasse mais alto em FHC do que o político. Embora, ao final, a política partidária prevaleça. Chamou a atenção para o fato de que os candidatos democratas – das mais diferentes conformações partidáris – precisam se unir contra o risco do retorno a um modelo excludente oficialmente que tem na violência simbólica ou material sua marca de Caim.

Estou entre os que concordam que estamos diante de um plebiscito para se saber se o melhor para o Brasil é um regime militar ou militarizado e a democracia na República Federativa do Brasil. Assim, os democratas precisam se unir, enquanto  há tempo, diante da ameaça real de sufragação de Bolsonaro, quer no primeiro ou segundo turno.
Os valores que nos unem, aos democratas, nesta hora deve estar acima das linhas partidárias, quais sejam: a liberdade, a diversidade, a pluralidade, a defesa de políticas públicas e sociais, a liberdade de cátedra, o diálogo de preferência a mão armada para a solução de conflitos e delitos, a igualdade entre homens e mulheres, brancos e negros e outras etnias,  entre tantos outros valores caro a Democracia Repúblicana
Assim, após o Plebiscito, oficial de Estado, de 21 de abril de 1993, que demandava a escolha entre parlamentarismo e presidencialismo; entre monarquia ou república. Era a discussão da forma e o sistema de governo do Brasil da República Cidadão. Temos agora um plebiscito extraoficial, onde nos bastidores as forças retrógradas se organizam  para retomar o poder nesta República que nasceu de um golpe militar contra a monarquia e pelo militarismo está marcada.
Esta realidade foi composta por diferentes fatores, desde a disputa sangrenta entre PSDB e PT pelo governo que finda este ano, até a corrupção desenfreada de políticos. Precisamos fortalecer as instituições democráticas e com ela a responsabilização dos envolvidos no processo. E, neste processo, fortalecer meios e procedimentos democráticos para que não se use meios e instituições democráticas para fins não democráticos. O "Fora Temer" será substituído pelo "Fora Bolsonaro"?