Outubro tem
tudo para ser, novamente, um mês histórico para o Brasil. Com o fim da Ditadura
Militar (1964-1985) se iniciou a Nova República. No dia 5 de outubro de 1988 a promulgação
da Constituição Cidadã que fora aprovada em 22 de setembro de 1988 pela
Assembleia Nacional Constituinte, confirmou as regras a seguirem seguidas pela
nação. No ano que a Constituição Cidadã completará 30 anos teremos no dia 7 de
outubro de 2018, o primeiro turno, e, se houver, o segundo turno se realizará
no dia 28 do mesmo mês.
Esta eleição é
impar na Nova República por ter caráter extraoficial de um plebiscito. Onde se
escolherá entre um presidente de tendência autoritária capitalista e os demais
candidatos. Hoje o candidato, denominado por muitos de fascista, está em
primeiro lugar nas pesquisas eleitorais. E, pode, a depender da realidade, ser
eleito no primeiro turno.
Isto fez com
que o sociólogo falasse mais alto em FHC do que o político. Embora, ao final, a
política partidária prevaleça. Chamou a atenção para o fato de que os
candidatos democratas – das mais diferentes conformações partidáris – precisam se
unir contra o risco do retorno a um modelo excludente oficialmente que tem na violência
simbólica ou material sua marca de Caim.
Estou entre os
que concordam que estamos diante de um plebiscito para se saber se o melhor
para o Brasil é um regime militar ou militarizado e a democracia na República
Federativa do Brasil. Assim, os democratas precisam se unir, enquanto há tempo, diante da ameaça real de sufragação
de Bolsonaro, quer no primeiro ou segundo turno.
Os valores que
nos unem, aos democratas, nesta hora deve estar acima das linhas partidárias,
quais sejam: a liberdade, a diversidade, a pluralidade, a defesa de políticas
públicas e sociais, a liberdade de cátedra, o diálogo de preferência a mão
armada para a solução de conflitos e delitos, a igualdade entre homens e
mulheres, brancos e negros e outras etnias, entre tantos outros valores caro a Democracia
Repúblicana
Assim, após o
Plebiscito, oficial de Estado, de 21 de abril de 1993, que demandava a escolha
entre parlamentarismo e presidencialismo; entre monarquia ou república. Era a discussão
da forma e o sistema de governo do Brasil da República Cidadão. Temos agora um plebiscito
extraoficial, onde nos bastidores as forças retrógradas se organizam para retomar o poder nesta República que
nasceu de um golpe militar contra a monarquia e pelo militarismo está marcada.
Esta realidade
foi composta por diferentes fatores, desde a disputa sangrenta entre PSDB e PT
pelo governo que finda este ano, até a corrupção desenfreada de políticos.
Precisamos fortalecer as instituições democráticas e com ela a
responsabilização dos envolvidos no processo. E, neste processo, fortalecer
meios e procedimentos democráticos para que não se use meios e instituições democráticas
para fins não democráticos. O "Fora Temer" será substituído pelo
"Fora Bolsonaro"?