segunda-feira, 26 de julho de 2021

Onírico

 

Onírico

(Wlaumir Souza)

As criaturas dos meus sonhos

Se levantaram todas

Acordaram ao lado da minha cama

Propunham dar vazão ao desejo

Que os fantasmas e os sonhos se materializassem

Num único e perfeito gozo

As criaturas dos meus sonhos

Tornaram-se reais

Para além do imaginário torneadas de pétalas

Que construía sonhos

De Príncipes fardados em cavalos alados

Eram de carne e osso

Tangíveis na vida cotidiana

De um pobre ser humano

Reinventando-se



domingo, 4 de julho de 2021

Irresponsabilidade

 

Irresponsabilidade

(Wlaumir Souza)

Eles se olharam

Se viram e se enxergaram

Trocaram sorrisos

Ele disse palavras doces

Frases encantadoras

Ela suspirou

Desperta de sua procura incessante

Ecoou os sonhos de uma existência

Aspirados nos giros da vida

Saltou sem olhar as alturas

Mergulhou como se o universo

Não fosse o bastante sem ele

Logos depois ele agitou as calças

Partiu sem olhar para trás

Eram de sentimentos rasos

O oceano que declamara

Ela mergulhou sem salva-vidas

Caiu em pedaços numa piscina furada

Repleta de fantasmas

Da irresponsabilidade afetiva

Que a perseguia

Naquela breve passagem

Pela face da terra

Até aquele átimo de sofreguidão