quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Elysium, Matrix e Batman: a inclusão e a exclusão em debate.


Batman, herói da classe dominante acreditava na possibilidade de manutenção do sistema com alguns ajuste. Todavia, com o decorrer das décadas ele foi de um modelo ético a outro sem grandes cerimônias a ponto de não ver equivoco de valores na omissão de socorro ao infrator do sistema. A metáfora constante era de que alguns endinheirados do sistema querem o bem de todos e não apenas aos membros de seu clube, ou seja, manter o sistema funcionando era o alvo.

Nos filmes Matrix (o primeiro é de 1999) a metáfora era sair do controle paradisíaco da ilusão que nos controlaria via sistemas de informação/entretenimento.  O herói era um sujeito de classe média com certa instrução e capaz de num crescendo via “Mestre” conseguir alcançar a iluminação salvadora. A metáfora era sair do sistema via liderança da classe média construída via meritocracia.


Em Elysium (2013) o condomínio de luxo não mais exclui os passantes, mas o planeta terra.  A metáfora, como que dialogando com Batmam e Neo, é que o “salvador” virá do povo excluído a tal ponto que o crime é apenas uma das facetas possíveis da resistência a um sistema excludente fechado em si mesmo. A educação precária não mais é capaz de manter a todos à margem da compreensão do sistema. O uso dos sistemas de informação possibilita a alguns acompanhar os fluxos de informação e interferir em proveito de interesses outros. Alguns iluminados da massa compreendem e utilizam o sistema a revelia deste.

Nestes embates de modelos ficou a mensagem –  se o povo quer transformação terá de fazer por si mesmo, caso contrário, saúde, moradia e segurança cotidiana continuarão privilégio e não direito real?
Wlaumir Souza.

Um comentário:

  1. Seja a mudança que você quer ver no mundo.

    Se nós pensássemos assim, talvez nada disso estaria acontecendo.

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