Batman, herói da classe dominante acreditava na
possibilidade de manutenção do sistema com alguns ajuste. Todavia, com o
decorrer das décadas ele foi de um modelo ético a outro sem grandes cerimônias
a ponto de não ver equivoco de valores na omissão de socorro ao infrator do
sistema. A metáfora constante era de que alguns endinheirados do sistema querem
o bem de todos e não apenas aos membros de seu clube, ou seja, manter o sistema
funcionando era o alvo.
Nos filmes Matrix (o primeiro é de 1999) a metáfora era sair
do controle paradisíaco da ilusão que nos controlaria via sistemas de
informação/entretenimento. O herói era um sujeito de
classe média com certa instrução e capaz de num crescendo via “Mestre”
conseguir alcançar a iluminação salvadora. A metáfora era sair do sistema via
liderança da classe média construída via meritocracia.
Em Elysium (2013) o condomínio de luxo não mais exclui os
passantes, mas o planeta terra. A
metáfora, como que dialogando com Batmam e Neo, é que o “salvador” virá do povo
excluído a tal ponto que o crime é apenas uma das facetas possíveis da resistência
a um sistema excludente fechado em si mesmo. A educação precária não mais é capaz de manter a todos à
margem da compreensão do sistema. O uso dos sistemas de informação possibilita
a alguns acompanhar os fluxos de informação e interferir em proveito de
interesses outros. Alguns iluminados da massa compreendem e utilizam o sistema a
revelia deste.
Nestes embates de modelos ficou a mensagem – se o povo quer transformação terá de fazer por
si mesmo, caso contrário, saúde, moradia e segurança cotidiana continuarão
privilégio e não direito real?
Wlaumir Souza.
Seja a mudança que você quer ver no mundo.
ResponderExcluirSe nós pensássemos assim, talvez nada disso estaria acontecendo.