segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Brevidade

 Brevidade

(Wlaumir Souza)

O tempo parou

Fraturado pelo desejo

Não acolhido

Suspirou tanto

Tantas vezes

O coração tremia

Arritmia da realidade

Profunda

Distante

 

O tempo parou

Longos breves anos se passaram

E o desejo a latejar

Congelado no tempo do agora

Sempre o mesmo

Martelando no peito

Com o peso da pata de elefante

Inclemente na mente

Latejando em memórias e sonhos

 

O tempo parou

Ressequido da esperança

Delirava em lágrimas agridoces

Suspirou tanto e tantas vezes

Que um eco se formou

Se alastrou

Corpo adiante

Corpo afora

 

O tempo parou

Tão tempo

Tão estático

Tão átimo

Tão circular



 

4 comentários:

  1. Parabéns, Wlaumir. Vá em frente com seu trabalho encantador, meu querido. Um grande abraço.

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  2. Professor, parabéns o tempo não parou.

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  3. Querido Wlaumir, sempre lindo!♥️

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  4. Parabéns, Wlaumir. Lindo!

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