sábado, 19 de outubro de 2013

Nobel da PAZ reconhece esforço de gênero

Nobel da PAZ reconhece esforço de gênero

Postado em 03 de Novembro de 2011 às 10:11 na categoria Caleidoscópio
Wlaumir Donsieti de Souza

Alfred Bernhard Nobel (1833-1896), inventor e cientista sueco, deixou em testamento a indicação de que se organizasse uma fundação para premiar as pessoas que mais houvessem contribuído para o desenvolvimento da humanidade. A fundação foi instituída em 1900 e, no ano de 1901, estabelecido o Prêmio Nobel que visa, desde então, reconhecer os esforços e realizações nas áreas da paz, da química, da literatura, da física e da medicina. No ano de 1968, passou a laurear, também, na economia.
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As pessoas reconhecidas por suas atividades recebem da Fundação um diploma Nobel e uma medalha Nobel em ouro, além de uma importância em dinheiro que varia conforme as receitas do ano, em 2011 o valor foi de US$1,5 milhão. Mais importante do que todos os prêmios está o reconhecimento público planetário da dedicação sistemática com contribuição relevante para o presente e o futuro da humanidade.
Em 111 anos de história o Prêmio Nobel laureou 44 mulheres, destas, 12 foram referentes ao Prêmio da Paz. Ao longo de uma história de mais de um século, pouquíssimas mulheres tiveram seus esforços reconhecidos quer para a paz, ou em outras áreas. Como se isto não bastasse, há casos de mulheres que contribuíram para a realização de seus maridos e que não foram se quer citadas em suas biografias.
As vencedoras, de 2011, do Prêmio Nobel da Paz, foram as liberianas Leymah Gbowee, militante, e a Presidente Ellen Johnson Sirleaf e a iemenita militante Tawakkol Karmam. O reconhecimento do trabalho destas mulheres eleva o prestígio das mulheres na soma de esforços e realizações pela igualdade de gênero enquanto meio para se construir a paz, dos direitos humanos, da democracia e da segurança das mulheres em seus países, mas com modelos de atitudes não violentas que poderiam ultrapassar fronteiras na busca de resultados cada vez mais positivos.
Se, por um lado, o prêmio a estas mulheres é o reconhecimento do fato de que em muitos países a situação da mulher é no mínimo opressora e, em alguns casos, desumana, por outro, demonstra que a sociedade internacional está atenta às possibilidades de mudança cultural, em alguns casos milenares, em favor da mulher enquanto busca da igualdade democrática de direitos formais e de fato. Tarefa nada fácil, pois, mesmo olhando para o ocidente Europeu e Americano a situação, sobretudo entre as camadas mais pobres ou discriminadas por etnia ou sexualidade, no quesito gênero, é de causar vergonha a qualquer democrata digno deste nome.

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